sábado, 2 de julho de 2011

Como evitar repetições no texto?


http://conversadeportugues.com.br/wp-content/uploads/2011/06/1296512717_kjots.png

Produzir bons textos é a preocupação da maioria das pessoas. Há quem pense que, para escrever bem, basta acertar a pontuação e a ortografia. Dois outros textos sobre produção textual foram publicados recentemente no Conversa: O que é clareza textual? e Como escrever com objetividade?

Quais os usos do QUE e como evitar sua repetição?

A palavra que pode pertencer a mais de uma classe e exercer diversas funções sintáticas. Morfologicamente, ele pode ser substantivo, pronome, advérbio, conjunção, interjeição, partícula de realce.

Exemplos:
Não sei o QUÊ fazer para resolver o problema. – É usado com o sentido “que coisa” e é sempre acentuado; pode ser precedido por artigo, numeral ou um pronome adjetivo.
Aquele é o homem QUE arranjou emprego. – É um pronome relativo e refere-se a um termo anterior.
QUE horas são? – É um pronome interrogativo.
QUE linda canção ouvimos no rádio. – Funciona como advérbio, realçando o adjetivo presente na oração.
Temos certeza de QUE nosso plano dará certo. – Conjunção integrante da oração completiva nominal.
QUÊ? Você ainda não tomou seus remédios? – É usado com interjeição e é sempre acentuado.
Qual QUE é a sua casa? – Funciona apenas como uma partícula de realce (não pertence a nenhuma das dez classes de palavras da língua portuguesa)e não possui função na oração.

Um dos problemas da produção textual é o uso excessivo da palavra QUE, tornando o texto repetitivo e demonstrando o desconhecimento do autor sobre as possibilidades da língua. Observe o exemplo abaixo:

Solicitei-lhe que me remetesse a mercadoria que me prometera a fim de queeu pudesse saldar os compromissos que tinha assumido.

Veja como fica o período sem a repetição:

Solicitei-lhe a remessa da mercadoria prometida a fim de que eu pudesse saldar os compromissos assumidos

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Parônimos e Homônimos

Pessoal, bom dia...

Depois de rever, e corrigir os exercícios sobre a norma culta ou padrão da Língua Portuguesa, vamos complementar nosso conhecimento?



Parônimos: são palavras que apresentam significados diferentes embora sejam parecidas na grafia ou na pronúncia.

“Estória” é a grafia antiga de “história” e essas palavras possuem significados diferentes. Quando dizemos que alguém nos contou uma estória, nos referimos a uma exposição romanceada de fatos imaginários, narrativas, contos ou fábulas; já quando dizemos que fizemos prova de história, nos referimos a dados históricos, que se baseiam em documentos ou testemunhas.

Ambas as palavras constam no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da Academia Brasileira de Letras. Porém, atualmente, segundo o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, é recomendável usar a grafia “história” para denominar ambos os sentidos.

Outros exemplos:

Flagrante (evidente) / fragrante (perfumado)
Mandado (ordem judicial) /  mandato (procuração)
Inflação (alta dos preços) / infração (violação)
Eminente (elevado) / iminente (prestes a ocorrer)
Arrear (pôr arreios) / arriar (descer, cair)

Homônimos: são palavras que têm a mesma pronúncia, mas significados diferentes.

Acender (pôr fogo) / ascender (subir)
Estrato (camada) / extrato (o que se extrai de)
Bucho (estômago) / buxo (arbusto)
Espiar (observar) / expiar (reparar falta mediante cumprimento de pena)
Tachar (atribuir defeito a) / taxar (fixar taxa)

Boa semana de estudos!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Abreviação, abreviatura e sigla – qual a diferença?

O assunto de abreviação, abreviatura e sigla está no contexto de formação de palavras que abrange também a derivação e a composição.

Abreviação

A abreviação do vocábulo é conhecida também como forma reduzida da palavra e compreende na redução da palavra até um limite, de modo que não haja prejuízo ao entendimento.

Vejamos alguns exemplos:
Moto – motocicleta
Micro – microcomputador
Fone – telefone
Foto – fotografia
Pneu – pneumático
Cine – cinema

Abreviatura

Abreviatura é a representação de uma palavra através de suas sílabas (geralmente iniciais) ou de letras. Para saber abreviar corretamente uma palavra é simples: escreva a primeira sílaba e a primeira letra, seguidas de ponto final abreviativo.

Se a primeira letra da segunda sílaba for uma vogal, a abreviação irá até a consoante. Caso a palavra tenha acento gráfico na primeira sílaba, será mantido e se a segunda sílaba se iniciar por duas consoantes, serão mantidas na abreviatura.
Há ainda os casos que não obedecem nenhuma regra em particular.

Vejamos alguns exemplos:

m – metro
adj. – adjetivo
num. – numeral
núm. – número
gên. – gênero
pág. – página
pess. – pessoa
a. C. – antes de Cristo
apto. – apartamento
Cia. – Companhia
Ltda. – limitada
S.A. – sociedade anônima
id. – idem
ib. ou ibid. – ibidem (da mesma forma)
U.S.A. – United States of America.
vv. – versículos

Sigla

A sigla é muito comum, principalmente em textos sobre economia, os científicos e os jornalísticos em geral.

Há regras quanto ao uso das siglas: todas as letras devem ser escritas com letra maiúscula se a sigla tiver até três letras ou se todas as letras tiverem um significado independente:

CEP – Código de Endereçamento Postal
ONU – Organização das Nações Unidas
ONG – Organização Não-Governamental
MEC – Ministério da Educação e Cultura
CEF – Caixa Econômica Federal
BB – Banco do Brasil
INSS – Instituto Nacional da Seguridade Social
IOF – Imposto sobre Operações Financeiras
SIF – Serviço de Inspeção Federal

Caso a sigla possua mais de três letras, somente a inicial será escrita em letra maiúscula.
Detran – Departamento Estadual de trânsito
Unesco (United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization) - Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura
Embrapa – Empresa Brasileira de pesquisa agropecuária
Bovespa – Bolsa de Valores do Estado de São Paulo
Volp – Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa

Fonte: http://www.mundoeducacao.com.br/gramatica/abreviacao-abreviatura-siglaqual-diferenca.htm

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O que é redação técnica?

Como estamos na época de avaliações e estudos, deixo um texto muito interessante sobre a redação técnica:

Primeiramente, vejamos esses dois termos em separado:

Redação é o ato de redigir, ou seja, de escrever, de exprimir pensamentos e ideias através da escrita. Técnica é o conjunto de métodos para execução de um trabalho, a fim de se obter um resultado.
Logo, para que você escreva uma redação técnica é necessário que certos processos sejam seguidos, como o tipo de linguagem, a estrutura do texto, o espaçamento, a forma de iniciar e finalizar o texto, dentre outros.

Dessa forma, a necessidade de certa habilidade e de se ter os conhecimentos prévios para se fazer uma redação técnica é imprescindível!

A redação técnica engloba textos como: ata, circular, certificado, contrato, memorando, parecer, procuração, recibo, relatório, currículo.

terça-feira, 29 de março de 2011

Prezados alunos,

Enfermagem: enviei um material muito interessante de orientações gerais de TCC para vocês guardarem.
Administração: elaboramos a carta comercial e vamos retomar alguns assuntos conforme a necessidade.

Vamos trabalhar?

Linguagem Verbal e Linguagem Não-Verbal




O que é linguagem? É o uso da língua como forma de expressão e comunicação entre as pessoas. Agora, a linguagem não é somente um conjunto de palavras faladas ou escritas, mas também de gestos e imagens. Afinal, não nos comunicamos apenas pela fala ou escrita, não é verdade?

Então, a linguagem pode ser verbalizada, e daí vem a analogia ao verbo. Você já tentou se pronunciar sem utilizar o verbo? Se não, tente, e verá que é impossível se ter algo fundamentado e coerente! Assim, a linguagem verbal é que se utiliza de palavras quando se fala ou quando se escreve.

A linguagem pode ser não verbal, ao contrário da verbal, não se utiliza do vocábulo, das palavras para se comunicar. O objetivo, neste caso, não é de expor verbalmente o que se quer dizer ou o que se está pensando, mas se utilizar de outros meios comunicativos, como: placas, figuras, gestos, objetos, cores, ou seja, dos signos visuais.

Vejamos: um texto narrativo, uma carta, o diálogo, uma entrevista, uma reportagem no jornal escrito ou televisionado, um bilhete? Linguagem verbal!

Agora: o semáforo, o apito do juiz numa partida de futebol, o cartão vermelho, o cartão amarelo, uma dança, o aviso de “não fume” ou de “silêncio”, o bocejo, a identificação de “feminino” e “masculino” através de figuras na porta do banheiro, as placas de trânsito? Linguagem não verbal!

A linguagem pode ser ainda verbal e não verbal ao mesmo tempo, como nos casos das charges, cartoons e anúncios publicitários.

Fonte: http://www.brasilescola.com/redacao/linguagem.htm

Òtimo começo de semana!

segunda-feira, 14 de março de 2011

A língua culta padrão e a argumentação


   Para aprendermos sobre a língua culta, necessitamos de conhecimentos gramaticais específicos. Sem esquecer as possibilidades que a variação lingüística oferece - como a linguagem coloquial, regional técnica, por exemplo-, em muitas situações uma boa argumentação depende do domínio da língua culta padrão, especialmente escrita.

  Como o nome indica, esta variedade lingüística segue as normas de uma gramática altamente padronizada, restrita a um número relativamente pequeno de falantes que tiveram o privilégio de adquiri-la, seja por meio de leitura quantitativa e qualitativa, seja pelo esforço sistemático de aprender. Nesse sentido, aprender a norma culta do idioma implica procedimentos semelhantes aos utilizados ao se estudar uma língua estrangeira, idéia muito bem sintetizada pelo eminente gramático Evanildo Bechara quando afirma que o falante de língua materna deve tornar-se um poliglota em seu próprio idioma.

     O padrão culto do idioma, além de ser uma espécie de marca de identidade, constitui recurso imprescindível para uma boa argumentação. Ou seja: em situações em que a norma culta se impõe, transgressões podem desqualificar o conteúdo exposto e até mesmo desacreditar o autor.


     A gramática de um idioma pode ser descrita - e, portanto, estudada - em níveis distintos, mas sempre inter-relacionados, alguns deles a seguir apresentados.
• Nível ortográfico
     Deste fazem parte todos os aspectos relacionados à grafia (abreviaturas, parônimas e homônimas, uso de letras, hífen) e à acentuação das palavras.
• Nível morfossintático
     A morfologia é a parte da gramática que dá conta da forma das palavras, enquanto a sintaxe diz respeito às regras de combinação das palavras e orações de uma língua.
Como ilustração, observemos que na frase "Quantas partes contém esse relatório?" deve ser usada a flexão verbal "contém" (singular), e não sua homônima "contêm" (plural), porque o sujeito é "este relatório", e não "partes". A escolha é sintática, e a conseqüência é morfológica. E mais: a marca da flexão/concordância é gráfica... mas esta já é outra história, que apenas confirma a indissociabilidade entre os diferentes componentes dos proferimentos lingüísticos.

     Para fins didáticos, entretanto, as obras especializadas separam morfologia e sintaxe. A primeira, além da formação, estrutura e flexão das palavras, descreve tudo o que concerne às categorias gramaticais (por exemplo: gênero de substantivos e adjetivos, conjugações verbais), enquanto a sintaxe estuda aspectos mais complexos, como concordância, regência, uso e colocação de pronomes, uso do acento indicativo de crase.
• Nível sintático-semântico
     Em sentido amplo, a semântica trata do sentido das palavras que formam o léxico de uma língua, em todos os seus aspectos, como relações semânticas em geral, semelhanças e diferenças de sentido entre os vocábulos, usos denotativo e conotativo da linguagem.

 

     Mais do que em relação a qualquer outro dos itens de estudo comentados, o enriquecimento do vocabulário - seja pela incorporação de novos vocábulos ao nosso léxico, seja pela transposição das palavras do vocabulário passivo ao ativo - depende sobretudo da vontade e do esforço de cada um.


     A melhor receita para desenvolver a competência semântica é ler, em quantidade e qualidade. Vale também consultar obras especializadas e dicionários para resolver problemas específicos. Cada vocabulário particular compreende um vocabulário ativo, formado pelas lexias que usamos no dia-a-dia, e um vocabulário passivo, constituído por aquelas que reconhecemos semanticamente porém não utilizamos.

Fonte: Níveis de formalidade e estruturas sintática
Profa. Dra. Marisa Magnus Smith
 Faculdade de Letras - PUCRS

sexta-feira, 11 de março de 2011

Nova Ortografia

Pessoal, um vídeo bem interativo referente a Nova Ortografia para nos atualizarmos!

Bons estudos...




Créditos:
Video sobre a Nova reforma Ortográfica.

Animado e Dublado por: Vinícius Cineli Alves
vinnycineli@yahoo.com.br